Numa altura em que se prepara para voltar ao mundo dos "comic books" como Vulture, o vilão de "Homem-Aranha: Regresso a Casa" (a sua personagem em "Birdman" não conta), o ator revelou a razão para desistir de "Batman Para Sempre" (1995).
Durante muitos anos, a história oficial era que Keaton avançou para novos desafios a partir do momento que o realizador Tim Burton decidiu deixar a saga após os grandes sucessos comerciais e artísticos de "Batman" (1989) e "Batman Regressa" (1992).
Era uma explicação razoável: não só a ligação entre os dois era forte pois também tinha feito "Os Fantasmas Divertem-se" (1988) como foi a teimosia de Tim Burton que fez com que Keaton fosse Batman, uma decisão que foi mal recebida tanto pelo estúdio como pelos fãs.
Agora, durante um podcast do The Hollywood Reporter, o ator revelou que a razão para ter passado o legado a Val Kilmer em "Batman Para Sempre" foi muito mais simples: pelas suas palavras, o argumento "não prestava".
De forma muito honesta, Keaton revelou que tinha muitas objeções à visão do novo realizador, Joel Schumacher.
"O argumento nunca foi bom. Não percebi a razão porque ele queria fazer o que queria fazer", revelou.
O ator esclareceu ainda que se está a referir à abordagem mais ligeira que Schumacher trouxe para o projeto.
"Sabia que estava em problemas quando ele disse "Por que razão tem de ser tudo tão sombrio?"".
Após "muitas reuniões", Keaton despediu-se da personagem com uma versão muito ao jeito de Hollywood.
Já a visão mais colorida de Joel Schumacher para a personagem acabaria finalmente por ficar fora de controlo com o quarto filme, "Batman & Robin" (1997), já com George Clooney como o Cavaleiro das Trevas, tão mal recebida que colocou fim à saga até Christopher Nolan pegar nela e literalmente regressar literalmente às origens com "Batman - O Início" (2005).
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